segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Josef Mengele, mais conhecido como o Anjo da Morte! – ANNY CAROLINE TURRA


  • Nascido em 1911, em Günzburg um vilarejo localizado no sul da Alemanha, Josef Mengele sendo o primogênito, não quis continuar com os negócios da família, a qual era muito conhecida por terem a terceira maior indústria do país. Mengele decidiu seguir a carreira de médico, e dizia aos seus colegas “que um dia ainda leriam seu nome na enciclopédia”. 


  • A universidade de Munique a qual Mengele estudava, era uma das mais influenciadas pelas crenças nazistas, que confundiam antropologia com genética, e genética com eugenia. Havia também o professor Ernst Rudin, a quem Mengele tinha como exemplo, que defendia o pensamento de que médicos obtinham o dever de eliminar vidas, que eram “ameaças” a raça ariana. E em 1933 essa absurda ideia de Rubin tornou se uma lei para exterminar todos aqueles com deformidades no corpo, doenças mentais ou físicas entre outras hereditárias.
  • Esse fato deu a Mengele, agora agregado a SS (força paramilitar de Hitler), a permissão de escolher os destinos dos prisioneiros que chegavam a Auschwitz, ora um a esquerda, rumo à câmara de gás, ora outro a direita, ainda “capaz” do trabalho escravo. Segundo depoimento, Mengele era o único entre os médicos nazistas que apreciava esse momento, sabemos, pois que seu maior interesse era escolher as cobaias para seus experimentos, sendo crianças gêmeas seus prediletos, por conta da curiosidade que ele tinha pela genética.




  • Nunca fora encontrado registros sobre os experimentos de Mengele (à informação de terem sidos destruídos daquele “jeitinho” nazista: em uma fogueira). Oque é conhecido, vem de relatos de sobreviventes e colegas. Ao fugir após o fim da 2° guerra mundial, Mengele passa a se chamar Fritz, um trabalhador que colhia batatas, no sul da Alemanha. Até então que ele consegue um passaporte falso para a Cruz Vermelha em 1949. Agora com um novo nome “Helmut Gregor”, abandona sua esposa e filho de apenas 5 anos, e se munda para Buenos Aires, onde encontrou uma rede de proteção nazista, e ali construiu uma nova vida, deixando para trás sua carreira de médico. Sua vida era tão tranquila, que Mengele resolveu voltar a usar seu nome verdadeiro. Chegou a ser sócio de um laboratório e a vender um remédio para a cura da tuberculose com o seu próprio nome. No enquanto, logo foi feito um pedido de extradição, e seu tempo de processo foi tão lento, dando uma nova oportunidade de fuga a Mengele, que dessa vez se mudou para o Paraguai. Lá lhe foi concedido à nacionalidade de paraguaio, porem logo foi para o Brasil, ao saber da captura feita por Israel, ao estrategista do holocausto Adolf Eichmann em Buenos Aires, que teve seu julgamento em Jerusalém.
  • Ao chegar aqui, Mengele teve o primeiro contanto com Wolfgang Gerhard, um ex-líder de um grupo de juventude Hitlerista que estava no Brasil desde 1948, esse arrumou uma família que o abrigara em troca de uma pensão. Os Stammer, um casal de Húngaros, estavam à procura de um caseiro que pudesse tomar conta de sua fazenda. Foi então, Mengele, que se passava por Peter Hochbichle, o felizardo.

  • Mas seu disfarce durou pouco, Mengele não atuava como um simples camponês, pois de ignorante não tinha nada. Ouvia musicas clássica, falava de filosofias e historia “A primeira impressão que tive foi a de um homem simples, limpo e arrumado” diz Gitta Stammer, em uma entrevista que fez em 1985 a um canal de TV britânico. “Então, começamos a perceber que ele tinha medo de todo mundo. Quando alguém vinha a fazenda, ele desaparecia”. Relataram também que ele só saia de chapéu e com uma matilha de cães junto de si. 

  • Foi desmascarado por Gitta, que o confronta ao ver uma foto dele no Jornal, que naquela época foi apresentado como um criminoso nazista da SS. Mengele então confessa sua verdadeira identidade e como a relação dele com o causa ficou conturbada, os três foram para a Grande São Paulo em Caieiras, onde Mengele reencontra Gerhard que lhe apresenta um novo casal. Wolfram e Liselotte Bossert deixaram Mengele autoconfiante à não mais esconder seu rosto, a sair para jantares entre outras diversões. Em 1971, Wolfgang Gerhard deixa sua cédula de identidade com Mengele, e volta para a Austrália. Pouco tempo depois, Mengele se muda para uma chácara da família Stammer e vive anos de solidão e medo, em péssimo estado de saúde. Até que 3 anos mais tarde, recebe a visita de seu filho Rolf, que já tinha 33 anos na época. Rolf o surpreende com suas interrogações sobre Auschwitz “Meu pai tentava convencer me de que salvou milhares de vidas. Disse que não dava ordens e que não foi responsável pelas câmaras de gás. Que os gêmeos do campo deviam lhe suas vidas. Que jamais fez pessoalmente mal a alguém. Infelizmente percebi que ele nunca expressaria nenhum remorso ou culpa.” Conta Rolf em sua entrevista que se encontra no livro Mengele: the complete story. 
  • Em Fevereiro de 1979, morre o carrasco Josef Mengele aos 67 anos de idade, após ter um provável AVC na praia em Bertioga. Estava ele acompanho do casal de amigos Bossert, que lhe convidada para sua casa de praia, tentado tira-lo do estado depressivo que estava. Apesar da tentativa, Wolfram não consegue resgatar o amigo com vida.


  • A CAÇA CONTINUA
  • Mengele havia comentado ao casal Bossert que quando morresse, gostaria de ser cremado. Assim, nunca se saberia o paradeiro do anjo da morte. No entanto, a legislação brasileira não condiz com o desejo do alemão, pois para a cremação ser feita, precisaria de autorização da família do defunto.

  • As investigações continuavam, governos e organizações ofereciam alto valor de recompensa para novas informações, que só 40 anos depois do fim da 2° Guerra, sob pressão, o chanceler Helmut Kohl e contra correspondência trocadas entre a família Bossert eo ex secretário da família Mengele, lamentando sua morte.
  • Ao saber da possibilidade do corpo de Josef Mengele estar enterrado no Brasil, Romeu Tuma,superintendente regional da PF, viu uma oportunidade em se reerguer das condições social que se encontrava, após a má fama que tinha, por ter dirigido o infame DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) durante a ditadura militar que acabara de terminar. Após ficar dias tocainado os Bossert, Tuma os faz confessar ter acobertado Mengele, e os levarem os até sua sepultura.
  • Após muita avaliação para o reconhecimento da ossada de Mengele, foi feito uma intimação a Família de Mengele levar seus restos mortais, no entanto a remoção foi recusada , e hoje ele contribui pela primeira vez na ciência, com seus ossos sendo usado em aulas na Faculdade de Medicina da USP, onde o doutor Daniel Muñoz utiliza parademostrar a seus alunos o processo para se identificar ao defunto com sua ossada.


  • TEXTO: ANNY CAROLINE TURRA , aluna do 9º ano da Escola Estadual Doutor Anísio José Moreira



  • Projeto mestre na História tem o intuito de criar e disponibilizar diferentes conteúdos ligados a disciplina de História. 

  • Mentora do projeto - Professora  Aline marques de Oliveira 

  • Esse projeto tem parceria com com o Programa União faz a Vida - PUFV
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