O Brasil e a Primeira Guerra Mundial - Profª. Aline Marques

      A participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial foi pequena, ocorria uma prestação de serviços e o patrulhamento do oceano Atlântico, em 1917-1918.

  O comércio exterior brasileiro foi bastante atingido, as exportações de café caíram, gerando uma crise econômica, pois neste período o café era ainda uma das maiores fontes de renda do país. O Brasil passou a vender matérias primas aos países europeus durante o período de guerra, a partir deste momento que a borracha se tornou uma das  principais mercadorias a serem exportadas no início do século XX.  Houve também o  crescimento  da industrial têxtil, com a produção de tecidos de algodão, lã e juta. Fábricas de chapéus, calçados ganhavam força.

Tal produção visava substituir o que antes importávamos dos países europeus. Isso aconteceu por duas razões:

•  Os países europeus estavam concentrados na guerra;
•  Com a queda das nossas exportações de café não havia dinheiro para comprar produtos do exterior;

A entrada do Brasil de fato na Primeira guerra mundial

  Em 1917 navios brasileiros foram abatidos por forças alemãs que usaram supostamente um submarino para o ataque no mar mediterrâneo, com isso o presidente brasileiro na época Venceslau Bras com o aval do congresso declarou guerra contra a Alemanha em 26 de Outubro de 1917, e assim formando alianças com a Tríplice Entente (EUA, Inglaterra e França).

   O Brasil contribuiu enviando para a guerra: navios, aviadores, oficiais e 86 médicos e etc. Além disso tinha o dever de patrulhar o oceano atlântico e protegê-lo de possíveis ataques alemães. Durante esse período de patrulha do atlântico mais de 180 tripulantes brasileiros morreram ao contrair a gripe espanhola, uma doença que matou 50 milhões de pessoas  a partir de 1918.
Com o fim da guerra o Brasil participou da Conferência de paz  como signatário* no Tratado de Versalhes. A primeira guerra mundial acabou influenciando no campo militar brasileiro que resultou na criação do serviço militar obrigatório em 1916.  O escritor Olavo Bilac liderou campanhas a favor da criação desse serviço obrigatório na época. 

"A farda para todos; para todos o dever, a honra e o sacrifício” dizia Olavo Bilac, 1865- 1918.

*Signatário: que ou aquele que assina ou subscreve um texto, um documento etc. "os s. da petição"

Imagem: Manchete do Jornal Gazeta de Notícias em 26 de Outubro de 1917, Rio de Janeiro. 
Fonte: Santos, Maria Januária Vilela. História Moderna e Contemporânea. 19º ed. SP : Editora Ática.